sexta-feira, 18 de junho de 2010

Internet, Juventude e Democratização da Mídia entre os debates do 15° Congresso

Jornalistas e estudantes reunidos no encontro discutiram as transformações sociais e tecnológicas que podem influenciar o futuro próximo do Brasil

No final de 2009, foi realizada em Brasília a primeira Conferência Nacional da Comunicação Social, com objetivo de debater, propor soluções e parâmetros para esse setor. Já no primeiro semestre de 2010, cresceu na agenda nacional o tema do acesso a internet e da banda larga. Reunindo um pouco desses dois temas, foi realizada nesta quinta (17), dentro do Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, realizado pelo CEMJ em parceria com o 15° Congresso da UJS

A mesa teve o título de “Internet, juventude e eleições”. Estiveram presentes Renata Mielli, representante do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé; Julieta Palmeira, editora da sucursal do Portal Vermelho na Bahia e Guilherme Strozi, coordenador de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil. O mediador foi Fernando Henrique Borgonovi, diretor nacional de comunicação da UJS.

Quem tomou o microfone primeiro foi a jornalista do Centro Barão de Itararé – um núcleo recém criado para discutir e formular propostas para combater as investidas da grande mídia. Ela citou o atraso existente na legislação sobre os meios de comunicação, que são do século passado e a transformação dos paradigmas do setor com o crescimento da internet. “Estamos em um processo de transição, a grande maioria da população ainda assiste TV, mas por pouco tempo, pois a internet cresce rapidamente”.

Em seguida Julieta Palmeira do Portal Vermelho refletiu acerca da questão da democratização da mídia. “Este é um debate da contemporaneidade, que precisa ser compreendido como o de um direito humano e fundamental para o novo ciclo civilizacional Brasileiro”. A jornalista concluiu sua intervenção afirmando que “é necessário disputar a hegemonia da mídia para mudar os espaços da nossa sociedade e da comunicação”.

O coordenador de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação disse que, por enquanto, a população ainda não compreende esse tema com a mesma dimensão das outras questões sociais. “É algo que ainda será visto no patamar de um direito humano básico”. Segundo ele “a democratização dos meios de comunicação deverá servir aos interesses das camadas mais preteridas da sociedade, colaborando para a mudança social tão necessária no país.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário