quarta-feira, 30 de junho de 2010

Marcelo Gavião envia recado a militância da UJS




Mas do que a experiência de ter sido por quatro anos presidente, quero registrar o fato de ter militado por bastante tempo na UJS. Tenho 30 anos e tinha 15 quando me filiei. Portanto, metade de minha vida foi vivida nessa organização, e quase tudo que eu sei, foi nela que aprendi.

Fico pensando o quanto será bom quando todo o conjunto da juventude em nosso país tiver a oportunidade que eu tive, de ter uma escola tão boa. Uma escola que forma e que ensina a valorizar o que o ser humano tem de mais valioso, a capacidade de se sensibilizar com as desigualdades do mundo e de dedicar toda sua vida a luta pela transformação que chamamos revolução. Na UJS, passamos a ter contato com valores nobres no homem, os quais a sociedade capitalista brasileira insiste em negar à imensa parcela de nossa juventude.

Na militância juvenil, ao longo desses 15 anos, ri e chorei, me apaixonei muitas vezes, amei algumas, namorei várias, num dia eu passava fome e no outro eu comia uma suculenta feijoada. Tive dias de grande felicidade e também de muitas decepções. Nesse tempo aprendi que tudo isso além de ser normal, é bom e necessário. Sempre ia dormir pensando se foi suficiente o que eu tinha feito até aquele momento, e acordava decidido a fazer ao longo dia, mais e melhor do que o dia anterior.

Tive a oportunidade de lutar ao lado de grandes combatentes, fiz muitos amigos. Fui aos poucos ampliando minhas responsabilidades. Fui de recém filiado a presidente nacional da UJS e membro do Comitê Central do PCdoB. Se por um lado essa trajetória sempre me encheu de responsabilidades, por outro, me enche de orgulho, em especial pelo fato de com a ajuda de vários companheiros, ter dado conta das várias obrigações que tive ao longo dessa trajetória.

Daqui para frente quero aproveitar bem tudo que aprendi e continuar a aprender muito mais. Enxergando que a minha opção é pra toda a vida. Vou continuar ajudando meu partido a difundir as idéias socialistas.

Se eu fosse um jogador de futebol diria que a UJS foi uma excelente categoria de base (uma escola como gostamos de falar), estaria com 17 ou 18 anos, pronto para ajudar de forma mais incisiva e abnegada.

O ato e a forma de militar na UJS me lembra um trecho do Charles Chaplin, “Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.”

Para os que ficam na UJS, sigam com a certeza de estarem absolutamente certos no rumo e na trajetória que a entidade vem percorrendo nos últimos anos. Nenhuma outra organização juvenil soube ler, interpretar e tirar proveito com tanta correção das mudanças que o nosso país viveu desde 2002. Nenhuma! Esperemos uma UJS ainda mais protagonista nas próximas batalhas – principalmente na batalha eleitoral de outubro próximo, que com a força da juventude confirmará Dilma presidenta do Brasil.

Nunca percam a ousadia e a determinação que são características da juventude. Nunca deixem a capacidade de renovar as esperanças e se apaixonar por essa causa nobre a cada dia. E assim, conservem nossa UJS como “Uma organização amadora de ações profissionais”.

O Brasil, precisa de vocês!


Marcelo Gavião presidiu a UJS.

domingo, 27 de junho de 2010

UJS com Dilma: Pra ser muito mais Brasil

Ato reuniu 2 mil pessoas em Salvador; governador da Bahia saudou os militantes e pré-candidata enviou depoimento em vídeo, especialmente para a UJS

Em uma manhã de sol, ambientada pela boa brisa do litoral de Salvador e sob a benção batucante dos tambores baianos, a União da Juventude Socialista (UJS), que completa 25 anos, oficializou hoje (19) o engajamento em mais um desafio histórico: eleger em 2010 Dilma Rousseff a primeira presidente mulher do Brasil, a fim de continuar e ampliar as mudanças do período Lula. “A UJS foi protagonista não somente nas eleições que fizeram Lula presidente, mas também em todas as outras em que ele participou como candidato. Nosso compromisso agora é com Dilma”, afirmou o baiano Marcelo Gavião, presidente da UJS, durante um grande ato político no Centro de Convenções da capital baiana. O encontro, que integrou o 15o Congresso da entidade, teve a participação de 2 mil jovens de todo país e diversos convidados, como o governador da Bahia Jacques Wagner.

A ex-ministra, em viagem pela Europa, não pôde comparecer, mas fez questão de enviar um vídeo com um depoimento gravado para a UJS: “Quero transmitir a cada uma e a cada um de vocês a minha confiança”, disse Dilma em um dos trechos do vídeo. Com a palavra, o governador Jacques Wagner completou: “Temos de lutar pela unidade das forças de juventude nesse momento de afirmação do povo brasileiro”.

O ato em Salvador foi marcado pela demonstração de energia e disposição dos militantes – que desenharam um contagiante mar de bandeiras verde-amarelas no auditório Iemanjá – e também pela importância simbólica de unir-se no mesmo prédio que, em 1979, serviu para o lendário Congresso de reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE), em resistência da juventude brasileira à ditadura.

Estiveram presentes o atual presidente da UNE, Augusto Chagas; o presidente da UBES, Yan Evanovick; o secretário executivo do Ministério do Esporte, Waldemar de Souza; o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Danilo Moreira; a deputada federal Alice Portugal (PCdoB – BA); o deputado estadual Javier Alfaya (PCdoB – BA); o vereador de Salvador Henrique Carballal (PT); a presidente da ANPG, Elisângela Lizardo; e os representantes das juventudes do PSB (André Alves); do PT (Severine Macedo); do PPL (Gabriel Alves); do PDT (Darcy Gomes) e do PRB (Rosângela Gomes).

Bahia e Alegria
Antes do início do ato, enquanto as delegações de todos os estados se acomodavam pelo auditório e recebiam da mão das baianas a tradicional fitinha do Senhor do Bonfim, o clima de brasilidade foi celebrado com apresentações de capoeira e também pelo Bloco Afro Bancoma. O calor da apresentação, que se juntou à expectativa pelo jogo do Brasil na Copa do Mundo neste domingo, fez o Centro de Convenções literalmente tremer quando o hino nacional foi arranjado pelo grupo em uma animada versão de samba-reggae. A ela seguiram-se os tradicionais gritos de ordem da UJS, cantados pelos jovens que tiveram também as caras pintadas de verde-amarelo.

O vice-presidente José Alencar, a deputada federal Manuela D'avila (PC do B – RS) e o senador Inácio Arruda (PC do B – CE) enviaram notas de apoio ao ato. Este último citou o poeta Castro Alves e seu poema. Em um dos momentos mais descontraídos de todo o ato, o vereador Henrique Carballal chegou a cantar uma música de sua autoria e dançar uma coreografia que muito lembrou o já institucionalizado Rebolation, sob aplausos e apoio da platéia.

O governado Jacques Wagner convocou a UJS a levar essa energia para a campanha eleitoral que se estenderá até outubro: “Vivemos um momento de muita auto-estima do povo brasileiro. Mais do que uma possível vitória no Copa do Mundo, vivemos a possibilidade da vitória dos oprimidos sobre os opressores neste país”. Em outro momento, disse que “é hora de balançar as ruas com uma seleção brasileira de jovens, grupos, partidos e movimentos populares que podem fazer a diferença”.

Sim para Dilma / Não para o Retrocesso
Todos os convidados do ato ressaltaram a importância da candidatura Dilma para garantir as recentes conquistas do país, como apontou o secretário do Ministério do Esporte Waldemar de Souza: “A diferença desse projeto, que representa o que é esse governo, é que ele reconhece as entidades estudantis, sindicatos, movimentos sociais com toda a sua importância. O outro candidato, que teve uma origem no movimento estudantil, traiu a sua própria história. Nós ainda estamos aqui na luta”.

No mesmo tom, o presidente da UBES disse que o outro projeto foi aquele que acabou com as escolas técnicas e que promulgou diversas medidas provisórias de sucateamento da educação: “Esse cara não tem a simpatia da juventude. Esse cara não sabe nem dançar o 'ha muleque'”, disse Yan. Já o presidente da UNE, Augusto Chagas, ressaltando a importância da UJS nesse momento, disse que as principais mudanças do Brasil passam, primeiro pela entidade: “Quem vem a um congresso como esse descobre que na UJS há jovens do Amapá e do Rio Grande do Sul, jovens de Mato Grosso e do Ceará, há negros, brancos e índios, há heterosexuais, gays, lésbicas e travestis. Essa entidade é a cara da nossa juventude”

O presidente do Conselho Nacional de Juventude lembrou que, diferente do que ocorreu em outros governos, atualmente há no país uma política voltada a questões como a defesa da Criança e do Adolescente, redução de danos no problema das drogas e a maioridade penal. “No entanto, isso ainda não é suficiente, precisamos da mobilização da UJS para conseguir dobrar o investimento em juventude no próximo período”, falou Danilo Moreira. A deputada Alice Portugal lembrou a importância do envolvimento das mulheres na campanha de Dilma Rousseff “Conclamo todas as militantes da UJS a irem conosco”. Já o deputado Javier Alfaya, saudado aos coros carinhosos de “vovô da UJS” disse que a energia do Congresso de reconstrução da UNE em Salvador, no ano de 1979, devem agora ajudar a UJS a construir o futuro.

Todos juntos em um novo Brasil, pelo fim das opressões

Representando as luta pela igualdade racial, fim da homofobia e da violência contra as mulheres, encontro no Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas foi um ato contra todas as formas de intolerância

Pelo fim do racismo
A lei 10.639, que institui o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas, foi um dos principais avanços recentes na promoção da identidade afro. Edson França apontou que o desafio, neste momento, é a sua implementação, pois as escolas e Instituições de Ensino Superior ainda são muitas vezes racistas e sua estrutura é difícil de ser quebrada, mesmo com a Lei.

Edson França elaborou sua fala elogiando também outro marco do governo Lula nessa matéria: a criação da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR). Segundo Edson, a criação dessa autarquia representa o reconhecimento da existência do racismo em nossa sociedade pelo Estado Brasileiro, o que seria uma conquista sem precedentes, pois o Brasil cultuou historicamente o falso mito da democracia racial. “Temos cerca de 1200 órgãos de promoção da igualdade racial nas esferas municipal, estadual e racial, isto é um avanço do Estado Brasileiro nesse momento de nossa história”, disse.

Destacou também que o Estatuto da Igualdade Racial, apesar de não ser o projeto inicial proposto pelo movimento negro, representa um avanço por reconhecer, por exemplo, as religiões de matriz africana e os quilombolas. “O objetivo do racismo é promover o acúmulo da riqueza no capitalismo. Combate-se o racismo com política pública, oferecendo educação, trabalho e oportunidade”, disse. Por último, fez um apelo a UJS para endossar a luta contra o extermínio do jovem negro pela polícia.

Pelo fim do machismo
Liege Rocha destacou que, no campo do movimento de mulheres, a luta pela emancipação não é individual, mas social. A opressão sobre as mulheres começou, segund ela, com o advento da propriedade privada, quando era importante delimitar os herdeiros das propriedades, não sendo um dado natural, mas histórico. “A luta de gênero está ligada à luta de classe e tem de estar a associada à luta contra o racismo, à homofobia e toda a forma de opressão”, explicou.

Para Rocha, os desafios da luta das mulheres estão, principalmente, nas relações de trabalho, na participação política e nas mudanças do perfil das famílias. A diretora da UBM lembra que apesar das mulheres terem mais espaço no mercado de trabalho, ainda ganham em média três vezes menos que os homens. Também estão subrepresentadas nos espaços decisórios. Menos de 10% dos cargos eletivos são ocupados por mulheres atualmente. “Uma preocupação essencial que a UJS já é a participação das mulheres nos espaços de direção da entidade”, elogiou.

Avaliando o governo Lula, Liege Rocha disse que houve significativos avanços como a criação da Secretaria das Mulheres e de um Plano Nacional de Políticas para as mulheres, além da Lei Maria da Penha. “Um desafio que se apresenta à UJS é lutar pela implementação desses mecanismos”, ressaltou. Encerrando sua fala, Liege destacou a importância do protagonismo das mulheres na construção de um novo projeto de Brasil. “Tem um significado simbólico termos uma candidata mulher à presidência do Brasil que entende e defende a luta de gênero, ma s é preciso entender que não basta só ser mulher para representar a luta”.

Pelo fim da homofobia
Encerrando a qualificada mesa de debates, Loren do Coletivo E-Jovem e Denilson Alves da UNE e UJS dividiram a fala. Loren iniciou convidando oz jovens ao rompimento de toda a forma de opressão. “Para demonstrar que estou lutando contra as opressões, vou sair da bancada, que é um símbolo de opressão”, manifestou-se Loren. Depois explicou o que é o E-Jovem, uma rede nacional da juventude LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) que já existe há quase 10 anos e procura articular o movimento LGBTT na juventude. “Temos também uma atuação na rede virtual, através de uma rede social de jovens LGBTT, que pode ser acessada através do link www.e-jovem.com, e www.e-jovem.ning.com. Também estamos articulando a criação de grêmios, DA’s e DCE’s gays onde a inserção em núcleos estudantis “heteros” não for possível, denunciando com isso a homofobia que existe no movimento estudantil também como na sociedade”, anunciou.

Denilson continuou a exposição lembrando que a esmagadora maioria dos professores de universidades e escolas ainda não está preparado para lidar com a Diversidade e em específico a homoafetividade. Lembrou ainda a importâcia de ampliar o “Universidade fora do armário”, projeto da UNE que leva o debate antihomofóbico para as salas de aula. Encerrou reafirmando a importância da UJS ampliar sua atuação LGBTT nacional. “Podem matar vários homossexuais, relegá-los a prostituição, às drogas, como hoje acontece. Mas nunca acabarão com a primavera, enquanto continuarmos lutando, erguendo cada vez mais alto a bandeira de luta contra todas as opressões pra ser muito mais Brasil”, encerrou parodiando o Ernesto Che Guevara e arrancando aplausos da plenária.

Ao final do debate, ocorreu uma plenária da Frente LGBTT que decidiu realizar uma marcha pela afirmação da bandeira amanhã no 3º dia do Congresso. Na relatoria do Grupo de Trabalho, foram anotadas três importantes demandas: a luta pela implementação da Lei Maria da Penha; a luta pela implementação, nas escolas e Universidades, da Lei 10.639 que institui o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e a implementação do Projeto de Lei que criminaliza a homofobia.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Termina 15° Congresso; André Tokarski é o novo presidente da UJS

Cerca de 2 mil jovens participaram de quatro dias de debates, atos políticos e atividades culturais na capital baianaTerminou em Salvador, em clima de torcida pelo Brasil, o 15° Congresso Nacional da UJS.

Os cerca de 2 mil jovens, de todos os estados brasileiros, que mais tarde se reunirão para a despedida assistindo ao jogo da seleção brasileira contra a Costa do Marfim, estiveram devidamente uniformizados de verde e amarelo, na parte da manhã, para a plenária final. Foram decididas as resoluções da entidade para os próximos dois anos e houve a eleição da nova diretoria.

O goiano André Tokarski, de 26 anos, foi eleito novo presidente da UJS, um dos mais jovens da história da entidade.Tokarski admite que presidir a UJS é a maior responsabilidade de sua vida. Porém, sente-se seguro ao contar com a construção diária, de toda a militância, para o sucesso dessa gestão. “Chegamos nesse Congresso com mais de 100 mil filiados e representações em todos os estados, o que dá um pouco da dimensão do nosso alcance com a Juventude Brasileira”, declarou. Leia mais abaixo uma entrevista completa com o novo presidente da UJS.

O Congresso, que teve início na quinta-feira (17) foi marcado pela oficialização do apoio da UJS à candidatura de Dilma Roussef nas eleições presidenciais 2010. Também tiveram destaque os debates do Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, realizado pelo Centro de Estudos e Memória da Juventude em parceria com a UJS.
O encontro em Salvador teve também a presença de jovens estrangeiros representando juventudes socialistas de cinco outros países: Portugal, Grécia, Venezuela, Sudão e Argentina. Os estrangeiros falaram aos congressistas, durante a plenária final, saudando a UJS.ResoluçõesNo campo das políticas para a Juventude, os congressistas defenderam que a Secretaria Nacional de Juventude, criada a partir da mobilização das entidades, ganhe status de Ministério da Juventude.

Preocupada na questão do emprego e oportunidade para os jovens, a UJS aprovou a resolução de pressionar o pode público pelo cumprimento da lei de estágio.Para educação, a UJS propôs mudanças no ensino médio para valorizarem o caráter politécnico e humanista, através de uma estrutura esportiva e cultural.
A entidade também cobrou a implementação efetiva da lei 10639, que determina o ensino da história da África e manifestações afro-brasileiras nas escolas. Em relação aos movimentos sociais, os jovens pediram a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia e decidiram por uma participação ainda mais forte da UJS no movimento LGBT.


No campo internacional, a UJS manifestou sua solidariedade ao Haiti e defendeu uma ação prolongada do Brasil no país nos campos educacionais e de combate à pobreza. Foi também manifestado repúdio ao recente ataque de Israel a um comboio humanitário que se dirigia à Faixa de Gaza. Outras resoluções aprovadas foram o desenvolvimento de uma campanha pela internet banda larga no Brasil e a participação efetiva da juventude na realização das propostas do Plano Decenal da Terceira Conferência de Esporte.

Emoção e Despedidas

Durante a plenária final, também foi realizada uma homenagem aos militantes que, após anos de participação, deixam a UJS nesse 15 Congresso, entre eles, o presidente Marcelo Gavião, que encerrou sua gestão. Ele fez questão de realizar um pequeno pronunciamento de agradecimento aos companheiros: “Esse momento sempre emociona muito quem sai e também a quem fica. Não é exagero dizer, mas vejo aqui entre os companheiros que encerram sua participação, pessoas que dedicaram, pelo menos metade de suas vidas à construção da UJS”, disse.

Entrevista com o novo presidente da UJS André Tokarski:

Como você se sente, pessoalmente tendo a responsabilidade de dirigir a União da Juventude Socialista?
Essa é a maior responsabilidade da minha vida, mas sei que, nesse momento, a minha eleição não é o mais importante para a UJS. Não é a direção que define essa entidade, e sim o conjunto da militância na luta do dia a dia. Sei que precisaremos ter muita consciência em nossas ações porque, atualmente, cria-se sempre uma grande expectativa sobre o posicionamento da UJS nas questões nacionais e muita repercussão com as suas mobilizações. Temos uma interlocução em que levamos nossas reivindicações ao presidente da república, ministros, governadores. Isso gera muita responsabilidade e eu espero contribuir da melhor forma para que a UJS cresça ainda mais.

Qual a sua trajetória nos movimentos de juventude?
Comecei no movimento secundarista em 1997, com 13 anos, quando fui a meu primeiro encontro estudantil, o congresso da UBES. Depois disso, me engajei no grêmio da escola, me filiei à UJS e me juntei à União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES) de Goiânia, da qual acabei sendo presidente. Ingressei na Universidade Federal de Goiânia (UFG) e lá me formei como bacharel em Direito. Durante a universidade, participei do Centro Acadêmico do Curso e fui presidente da União Estadual de Estudantes de Goiás (UEE-MG). Fui também diretor jurídico da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Qual é, na sua opinião, o saldo do 15° Congresso da UJS?
Foi um Congresso muito importante. O tema principal “Para ser muito mais Brasil” remete a um momento de muito otimismo do país. Na nossa história recente, nunca tivemos tantas oportunidades de o Brasil dar certo em diversas áreas, incluindo-se aí a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Nós temos hoje 50 milhões de jovens no país e as resoluções desse Congresso estão muito relacionadas à mobilização desse grupo. É impossível, atualmente, que qualquer processo importante do país não passe pela juventude.

Quais deliberações foram importantes nesse sentido?
Destaco as resoluções que tivemos em defesa dos 50% do fundo social do pré-sal para a educação e em defesa do marco regulatório para as políticas públicas de juventude. Desde a década de 80, o jovem era visto como um problema social, depois houve um avanço para tratá-lo como um sujeito de direitos. Agora, nós defendemos que o jovem seja entendido como um verdadeiro protagonista nas questões nacionais. Infelizmente, ainda há muito preconceito com os jovens que são vistos como menos capazes. Precisamos mudar esse quadro.

Como será a participação da UJS na campanha da Dilma para presidência da República?
O ato de apoio à candidatura da Dilma demonstrou o prestígio da nossa instituição e a força que ela pode ter em um momento tão crucial como esse das eleições. Todos os nossos anseios, discussões, projetos dependem totalmente do resultado das eleições de 2010. Eu acredito que esse ano teremos um dos maiores desafios da história da UJS, comparado somente a momentos como o Fora Collor em 1992 e a eleição de Lula. Isso porque corremos o risco de pôr a perder uma série de conquistas dos movimentos sociais e dos jovens. O outro candidato é algo como um exterminador do futuro da juventude. Por isso, vamos com tudo para a campanha da Dilma, com a força e as propostas da UJS para a juventude, educação e tantos outros temas debatidos neste 15° Congresso.Houve uma polêmica, durante a votação das propostas na plenária final, sobre a questão da legalização das drogas.

Qual o saldo desse debate?
Primeiro, é importante dizer que a mesa de debate sobre as drogas foi uma das mais concorridas e qualificadas deste Congresso da UJS. Nosso objetivo é ampliar a discussão em torno do tema não apenas da legalização da maconha, mas sobre as drogas como um todo. Este problema, claro, diz respeito a toda a sociedade, mas, principalmente, aos jovens. Haviam três resoluções em votações. Uma dizia que a UJS deveria lutar pela descriminalização da Maconha, outra falava sobre a Legalização. A proposta aprovada, no entanto, foi a de realização no primeiro semestre do ano que vem de um seminário para ampliar o debate sobre o tema. A resolução da UJS avança no sentido da nossa entidade cobrar do Estado e da sociedade um debate sem hipocrisia. Vamos realizar este seminário e de lá sairemos com um proposta mais elaborada sobre este assunto. Assim é a UJS, existe a diversidade, debate, constrói e unifica.

Como a UJS se encaixa nesse novo perfil de juventudes do século XX?
Toda a diversidade que pôde ser vista neste Congresso consolida, um processo de trabalho que a UJS construiu com suas frentes de trabalho, como o Hip Hop e LGBT. Isso reflete também a diversidade que é a juventude brasileira, que se organiza de maneiras diferentes, mas sempre com a consciência politica. Chegamos nesse Congresso com mais de 100 mil filiados e representações em todos os estados, o que dá um pouco da dimensão do nosso alcance com a Juventude Brasileira. Além disso, ampliamos a possibilidade de contato em novos canais como a internet. É muito importante citar a criação da Rede UJS, uma rede social online que já conta com 50 mil participantes e através da qual podemos expandir a nossa luta. É importante lembrar também que esse Congresso foi transmitido ao vivo, pela internet, com um alcance maior para os companheiros que não puderam estar presentes e para todos outros jovens que venham a conhecer as ideias e propostas da UJS.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Em Salvador, congressistas reafirmam compromisso de mudar a cara da educação no Brasil

Congresso trouxe para a sala Xangô 2, do Centro de Convenções de Salvador, uma das mesas mais qualificadas neste segundo dia de atividades do Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas

Com o tema “Escola, Universidade e Desenvolvimento”, o debate foi mediado pelo ex-presidente da UBES, Ismael Cardoso, e teve início com a intervenção bem pontuada do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Naomar de Almeida Filho. O acadêmico apresentou o projeto “Universidade Nova: Educação Superior e Desenvolvimento com equidade”, que vem transformando a instituição baiana em uma das mais progressistas e avançadas do país no que diz respeito à ampliação das vagas, transformação social e democratização do acesso. O seminário é realizado pela CEMJ em parceria com o Congresso da UJS.

A UFBA e o novo modelo de ensino

No período entre 2009 e 2010, a UFBA teve recorde de candidatos inscritos (54.460) e recorde de vagas oferecidas: foram 7.996, sem contar as 450 vagas no Programa de Formação de Professores. “Sabendo da necessidade dos novos alunos pelos cursos noturnos, disponibilizamos 1.600 vagas noturnas das 5.800 nos cursos de Progressão Linear existentes; 200 vagas noturnas das 380 nos cursos de progressão novos e 900 noturnas das 1.380 vagas dos Bacharelados Interdisciplinares”, disse Naomar.

O reitor falou ainda que a nova modalidade de curso superior, o Bacharelado Interdisciplinar, ou BI, foi criada pela UFBA para evitar a profissionalização precoce e especializada. “Além disso, o modelo traz um regime curricular de três ciclos, visando diversificação e racionalização dos modelos de formação profissional acadêmica. O modelo inclui também o ajuste da arquitetura acadêmica da graduação e da pós-graduação e as novas modalidades de processo seletivo”, explicou. As áreas de concentração do Bacharelado Interdisciplinar são Artes, Humanidades, Ciência e Tecnologia e Saúde, que envolvem disciplinas como poéticas das culturas orais, estudos de gênero, ciências da terra e do mar e saúde coletiva.

Transformar o ensino secundarista

Essa nova universidade, que vem se desenhando através de projetos como o da UFBA, passa também pela discussão de um novo modelo para o ensino secundarista. O presidente da UBES, Yan Evanovick, aproveitou o momento para fazer uma avaliação das conquistas que os estudantes brasileiros tiveram nos últimos anos. “Há alguns anos, a UBES lançou a “Cartilha da Nova Escola”, documento com doze pontos de reivindicações essenciais para mudar a cara do ensino básico. Conquistamos, se não me engano, onze deles. Por isso, esse Congresso fica mais importante se pensarmos a necessidade de elaborarmos uma nova plataforma educacional ara avançarmos na nossas propostas”, disse.

Yan fez uma fala também focada na importância do ensino técnico profissionalizante no país. “Os Ifets são escolas do socialismo. São espaços amplos, que acolhem a juventude com não apenas educação, mas arte, cultura, esporte e ciência”, observou. O presidente da UBES lembrou ao público que os debates sobre educação e trabalho são os mais movem a juventude nos dias atuais. “O ensino médio precisa passar por uma profunda e radical transformação. Não dá mais para se pensar só nos vestibular. Antes era Pré-vestibular, agora já tem até Pré-Enem”, criticou.

Soberania Nacional

Dando continuidade à discussão, presidente da UNE destacou a proximidade entre os temas desenvolvimento nacional e educação, ressaltando o crescimento do Brasil nos últimos anos, principalmente o posicionamento no cenário internacional. “Hoje, não nos curvamos mais para media dúzia de potências”, afirmou. E reforçou: “A educação precisa ser prioridade porque, ao mesmo tempo que temos um desenvolvimento considerável, ainda olhamos para números como 14 milhões de analfabetos e uma média escolar de apenas 7 anos da população adulta, também sabendo que mais da metade dos nossos jovens estão fora escolas e apenas 25% chegarão às universidades”, observou.

Durante o debate, ficou claro que as mudanças precisam alcançar todos os níveis da educação, inclusive, após a universidade. A recém eleita presidente da ANPG (Associação Nacional dos Pós Graduandos), Elisangela Lizardo, deu início à sua participação na mesa com um ponto importante: “Não podemos mais importar tecnologia da forma como é feito, sem contrapartida”, disse. Para a jovem, “a pesquisa, a tecnologia e a ciência no país devem ser voltadas para acabar com as desigualdades sociais, distribuir renda, emancipar e empoderar o povo”.

Pré-sal:conquista de todos

Os presidentes das três principais entidades de representação dos estudantes brasileiros se uniram ao falar da vitória na bandeira dos 50% do Pré-sal para a Educação. A campanha vitoriosa vem sendo encampada por UNE, UBES e ANPG desde o ano passado, com cartilhas, camisas, adesivos e, principalmente, passeatas por todo o Brasil. “Essa foi uma conquista de todos nós”, disse Yan. “Juntas, as entidades conseguiram mobilizar e pressionar os senadores”, falou Augusto. “A ANPG se incorpora nessa e em tantas outras lutas para a melhoria e a busca de mais investimentos na educação”, concluiu Elisangela.

Da polêmica ao avanço: Debate sobre as drogas movimenta o Congresso

Com muitas ideias, intervenções, propostas próximas ou contrárias, jovens discutem temas como a legalização da maconha


Um desafio foi lançado hoje (sexta), no auditório Oxalá 2 no Centro de Convenções de Salvador onde acontece o Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, atividade realizada pelo CEMJ em parceria com o Congresso Nacional da UJS. Ao final da mesa “A atual política de drogas e seu impacto na vida juvenil”, uma pergunta feita pelo coordenador da Marcha da Maconha, Renato Cinco, aos jovens participantes, mostrou por onde esse debate deve passar, no atual momento do Brasil.

Cinco questionou se a questão das drogas deve ser tratada do ponto de vista individual e da saúde do sujeito ou do ponto de vista do problema social do tráfico e da criminalização das minorias. Além de deixar a reflexão no ar, a pergunta resumiu em si os principais pontos que estiveram na pauta de um dos mais movimentados encontros do Congresso até agora.

Além de Renato Cinco, estiveram na mesa o psicólogo e mestre em saúde coletiva pela UFBA Milton Barbosa e o diretor da UNE Daniel Iliescu. O coordenador da Marcha da Maconha, que defende a discriminalização dos usuários e a legalização da substância, relacionou a proibição da maconha à perseguição racial no início do século XX: “O departamento de repressão ao uso era chamado 'Departamento de Controle de Tóxicos e Mistificações' e também pretendia acabar com as religiões afro-brasileiras, que muitas vezes utilizavam a maconha em seus rituais”, disse.

Drogas e Capitalismo

Segundo ele, a política de controle, com origem racista, atualmente atende a uma postura de opressão às classes menos favorecidas: “Se um adolescente rico é flagrado com algumas gramas da droga, é encaminhado para um clínica, tratado como vítima. Se um adolescente negro e favelado é apanhado com a mesma quantidade, é preso como traficante”, exemplificou.

O professor Milton Barbosa, que mostrou-se menos simpático à ideia da legalização, trouxe para o debate o problema da dependência química e seus efeitos sobre o indivíduo: “A sociedade capitalista se impõe através da sacralização do prazer e da sua transformação em consumo. Ela precisa criar dependências", disse. Segundo ele, o principal avanço dessa questão, atualmente seria ampliar o debate sobre o que são as drogas e quais são os seus efeitos.

Propostas
Os jovens, que participaram ativamente com perguntas, opiniões e propostas, dividiram-se no que diz respeito à legalização. Alguns acreditam que o caminho, atualmente, passa apenas pela discriminalização do usuário. Outros entendem que a legalização da maconha pode ser o grande passo para evitar as mortes de milhares de jovens no país, enfraquecendo o tráfico e regulando o uso da substância. Propostas diferentes sobre o tema foram encaminhadas à mesa para sistematização e devem ser contempladas durante a plenária final do Congresso neste domingo.

Com otimismo, maturidade e energia baiana, UJS dá início ao seu 15° Congresso Nacional

Completando 25 anos -um quarto de século na construção de ideias, sonhos e lutas-, a UJS deu início nesta quinta-feira (17) ao seu Congresso Nacional, em Salvador, retornando à terra de seu patrono, o poeta Castro Alves

Diversas delegações já chegaram ao Centro de Convenções da capital baiana e muitas outras ainda estão por chegar. Cerca de 2 mil jovens socialistas devem participar, até o domingo, dos debates, atos políticos e atividade culturais.

O presidente da entidade, Marcelo Gavião, abriu o Congresso a partir de um balanço da conjuntura política. Para ele, a mensagem central que todos os presentes devem carregar é “transformar o otimismo e o patriotismo dos brasileiros em força de mobilização”.


Gavião destacou ainda o papel que a UJS joga em diversas conquistas para a juventude, citando a recente vitória dos estudantes na luta dos 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação. “Semana passada, o Senado aprovou a reivindicação dos 50% do pré-sal. Essa bandeira foi levantada pela UNE, UBES e ANPG e contou com grande mobilização de toda a militância da UJS”, disse.

A abertura do Congresso Nacional da UJS foi marcada pela ampla participação dos movimentos sociais. Estiveram presentes UNE, UBES, UBM, CONAM, Nação Brasil Hip Hop, CUFA, MST, E-Jovem, CTB, OCLAE, ANPG, UNEGRO, CUCA e a Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD).

Delegações de todo Brasil
O auditório Iemanjá do Centro de Convenções de Salvador esteve lotado durante o ato de abertura. Presentes, além dos anfitriões baianos, estavam as delegações do Amazonas, Acre, Piauí, Alagoas, Goiás, Rio de Janeiro e Ceará. Os goianos chamaram a atenção ao adentrar a sala ao som de instrumentos regionais, batuques e a irreverência característica da juventude.

A eles irão se juntar os militantes de outros estados que, até o fim do dia, serão um pouco como os portugueses de mais de 500 anos atrás, aportando em terras baianas para iniciar os contornos de uma nova nação. Dessa vez, porém, com anseios populares, com a cara dos jovens.

Unidade na diversidade
Dentre os vários representantes de entidades dos movimentos sociais que saudaram os delegados do Congresso, um deles representava a ampliação de lutas e conquistas necessárias à entidade nesses 25 anos: o representante do E-Jovem, artisticamente conhecido com Loren Beauty. Loren é o primeiro membro do segmento LGBT a presidir a UJS de sua cidade, Campinas. “Me junto à UJS para lutar contra a homofobia que ainda é grande dentro das instituições de ensino, por parte de professores e alunos, nas escolas e nas universidades”, disse.

A fala de Loren, como um catalisador dos sentimentos trazidos por congressistas e convidados do 15o Congresso Nacional da UJS, foi um exemplo de que a construção da unidade pela diversidade, no momento histórico e contagiante em que se encontra o Brasil, será capaz de assegurar avanços por muito tempo desacreditados. Até o encerramento do Congresso, no dia 20, os jovens brasileiros reunidos na Bahia prometem redescobrir um pouco do seu país e reescrever a sua história, de forma muito diferente daquela dos colonizadores, para os próximos 500 anos.

Internet, Juventude e Democratização da Mídia entre os debates do 15° Congresso

Jornalistas e estudantes reunidos no encontro discutiram as transformações sociais e tecnológicas que podem influenciar o futuro próximo do Brasil

No final de 2009, foi realizada em Brasília a primeira Conferência Nacional da Comunicação Social, com objetivo de debater, propor soluções e parâmetros para esse setor. Já no primeiro semestre de 2010, cresceu na agenda nacional o tema do acesso a internet e da banda larga. Reunindo um pouco desses dois temas, foi realizada nesta quinta (17), dentro do Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas, realizado pelo CEMJ em parceria com o 15° Congresso da UJS

A mesa teve o título de “Internet, juventude e eleições”. Estiveram presentes Renata Mielli, representante do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé; Julieta Palmeira, editora da sucursal do Portal Vermelho na Bahia e Guilherme Strozi, coordenador de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil. O mediador foi Fernando Henrique Borgonovi, diretor nacional de comunicação da UJS.

Quem tomou o microfone primeiro foi a jornalista do Centro Barão de Itararé – um núcleo recém criado para discutir e formular propostas para combater as investidas da grande mídia. Ela citou o atraso existente na legislação sobre os meios de comunicação, que são do século passado e a transformação dos paradigmas do setor com o crescimento da internet. “Estamos em um processo de transição, a grande maioria da população ainda assiste TV, mas por pouco tempo, pois a internet cresce rapidamente”.

Em seguida Julieta Palmeira do Portal Vermelho refletiu acerca da questão da democratização da mídia. “Este é um debate da contemporaneidade, que precisa ser compreendido como o de um direito humano e fundamental para o novo ciclo civilizacional Brasileiro”. A jornalista concluiu sua intervenção afirmando que “é necessário disputar a hegemonia da mídia para mudar os espaços da nossa sociedade e da comunicação”.

O coordenador de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação disse que, por enquanto, a população ainda não compreende esse tema com a mesma dimensão das outras questões sociais. “É algo que ainda será visto no patamar de um direito humano básico”. Segundo ele “a democratização dos meios de comunicação deverá servir aos interesses das camadas mais preteridas da sociedade, colaborando para a mudança social tão necessária no país.”

Do Esporte ao Pré-Sal: 15º Congresso promove fusão de temas primordiais

Como é da tradição do movimento estudantil brasileiro e da história da UJS, Seminário Nacional trouxe para o 15º Congresso as principais questões relacionadas ao desenvolvimento nacional


Dois temas mostraram-se prioritários pelos militantes no Centro de Convenções de Salvador: A questão energética, principalmente após a descoberta da camada do pré-sal, e a realização de grandes eventos esportivos no país como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O Seminário Nacional Juventude, Participação e Políticas Públicas decidiu unir esses dois assuntos, nesta quinta (17) em uma única mesa: “O Brasil das oportunidades – a geração de emprego, os grandes eventos esportivos e o Pré-Sal”, no auditório Oxalá 1. O seminário é realizado pelo CEMJ em parceria com o Congresso da UJS.

A grande participação dos jovens nessa atividade - umas das mais cheias do dia abertura - demonstrou que essas duas bandeiras, até há pouco tempo menos citadas, tendem a crescer com muita força no movimento social brasileiro. A mesa foi composta pelo coordenador da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em Salvador Francisco Nelson, pela secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte Sueli Scutti e pelo diretor de Organização da UJS André Tokarski. Os dois representantes do poder público fizeram questão de ressaltar a centralidade do movimento estudantil e das entidades nesse debate:

“Hoje temos uma geração de representantes do poder público, dentro dos órgãos de esporte, que são ligados históricamente à UJS e aos compromissos com a juventude”, disse a secretaria do Ministério do Esporte. Segundo ela, isso traz para os atuais militantes a responsabilidade de se organizarem em torno do tema e participarem, efetivamente, do debate e decisões importantes sobre a realização Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. “Existem alguns, no país, que ainda acreditam ser possível pensar as políticas de esporte somente para os atletas de alto rendimento ou de ponta, mas nós sabemos que o legado social é muito mais crucial para o país nesse momento. Por isso a necessidade dessa interlocução e participação, ainda maior, de todos vocês”, afirmou convocando a platéia.

50% para a Educação
O representante da ANP, ao falar sobre o tema do Pré Sal, mencionou a campanha das entidades estudantis por 50% dos recursos das reservas para a educação. “A proposta de vocês é absolutamente correta, pois educação gera mais desenvolvimento, esse é um investimento estratégico pois, além de melhorar a condição social do país, pode depois garantir mão de obra mais qualificada para pesquisa e intervenção em áreas vitais como a própria extração de petróleo”, defendeu.

Os congressistas participaram ativamente com intervenções citando , entre outras coisas, a importância das Conferências do Esporte, do debate acerca da questão ambiental no uso da matriz petrolífera e a necessidade de relacionar esses temas ao processo eleitoral de 2010. “Estamos diante de dois caminhos. Em um deles, no caminho do avanço, essas duas questões são tratadas como prioridade. No outro, já tivemos a experiência de total descaso, apagão e descomprometimento dos governantes por oito anos”, resumiu o diretor da UJS André Tokarski. Os dois temas voltarão à pauta nas oficinas e debates das frentes de atuação do Congresso , nesta sexta (20) a partir das 16h.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

15º Congresso Nacional da UJS começa amanhã, em Salvador

A maioria dos delegados e delegadas está na estrada, ansiosa para o início deste grande evento juvenil, patriótico e socialista que tem início na quinta-feira, em Salvador (BA).
Os cerca de dois mil participantes terão acesso a uma diversificada e atraente programação, com debates sobre a nova luta pelo socialismo, o papel da juventude na batalha política de 2010, democratização dos meios de comunicação, drogas e políticas públicas de saúde, cultura.

O ponto alto do Congresso será a aprovação da plataforma da UJS para as eleições e seu apoio à candidatura Dilma Roussef, representante do campo democrático e popular que tem construído as mudanças no país.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estudantes comemoram aprovação dos 50% do pré-sal para educação


A quinta-feira já pensava em amanhecer na África do Sul, na véspera da festa de abertura do maior evento esportivo do mundo. No Brasil, os estudantes acompanhavam atentos, como a um jogo da seleção, a votação no plenário do Senado que adentrou a madrugada. Por volta das 3h deste 10 de junho de 2010, após mais de 11 horas de discussões, os senadores aprovaram - por 38 votos favoráveis, 31 contrários e uma abstenção - a criação do Fundo Social do Pré-sal.
O gol, de placa, que entrou para a história, veio com a aprovação da “emenda da UNE”, que determina que 50% dos recursos deste Fundo sejam destinados exclusivamente ao financiamento da educação pública superior e básica, área considerada pela entidade como estratégica para o desenvolvimento do país.A vitória histórica dos estudantes foi fruto de ampla mobilização da UNE, UBES e ANPG. Desde o início da semana, diretores das entidades provocaram intenso corpo-a-corpo junto aos parlamentares, com objetivo de pressionar e cobrar o comprometimento de cada um com a educação brasileira. As entidades criticaram veementemente por meio de nota oficial o primeiro relatório divulgado na terça-feira, que descaracteriza o objetivo do Fundo Social ao propor que os recursos deveriam ser destinados a diversas áreas, sem dizer claramente qual a prioridade.Durante toda a quarta-feira, os estudantes realizaram uma Blitz no Congresso Nacional para reverter a redação do projeto e garantir os 50%. As entidades desencadearam também uma “guerrilha virtual” por meio das redes sociais. Milhares de mensagens foram enviadas para todos os senadores via twitter, o que gerou o compromisso público de muitos deles com a votação favorável à emenda.O presidente da UNE, Augusto Chagas, que ficou até o fim da votação desta madrugada no Senado Federal conversando com os parlamentares sobre a importância dos 50% para a educação, celebra a vitória como uma conquista de todo o povo brasileiro. Para ele, a vitória não é apenas desta geração.“Fiz questão de ficar até o último minuto da votação. Conversei com cada parlamentar. Mostrei a importância da nossa emenda para o futuro da nação. Fiquei realmente muito emocionado quando conseguimos a aprovação. É o sonho geracional de transformação do país. Vamos garantir para os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos e toda uma geração de brasileiros e brasileiras um futuro promissor, com uma educação pública, gratuita e de qualidade”, disse. "Agora, vamos lutar da mesma forma e com muito mais mobilização em cada canto do Brasil pela promulgação da emenda", concluiu.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Gabriella Mariano na TV Litoral

Flagrante da Presidenta da UJS-Campos em entrevista hoje ao vivo na TV Litoral, no programa Mesa Redonda!
Dá-lhe Gabi!!!!!!!!

Cultura, esporte e debate político no Congresso da UJS-RJ; Monique Lemos é reeleita

A UFRJ abrigou, nos dias 3, 4 e 5 de junho, o 10º Congresso da UJS-RJ. Os quase 500 delegados presentes reconduziram, por unanimidade, a militante Monique Lemos para presidir a entidade pelos próximos dois anos.
Como tem sido característica dos congressos estaduais da UJS, no Rio aconteceu um grande evento juvenil. Os debates passaram por temas diversificados, desde questões de saúde pública e transportes públicos até o protagonismo da juventude na disputa eleitoral de 2010.

Também houve espaço para festas, sessões de cinema, torneios esportivos e até de vídeo game.

Lideranças políticas e juventudes partidárias prestigiaram
O evento também pode retratar a importância da UJS na cena política fluminense.

Lideranças como a ex-secretária de Cultura do Rio e pré-candidata a deputada federal Jandira Feghali, Lindberg Farias e Jorge Piciani, ambos pré-candidatos ao Senado, prestigiaram o Congresso e afirmaram apoio às bandeiras de luta dos jovens socialistas.

Juventudes partidárias também estiveram no congresso para deixar mensagens de apoio e amizade à UJS. Os presidentes locais da JS-PDT, da JSB e da JPL discursaram sobre os desafios da conjuntura política, que exige a unidade dos jovens para alcançar a vitória nas eleições de outubro e aprofundar as mudanças no Brasil.

"A UJS vai para campanha apresentar suas bandeiras e mostrar que tem lideranças com legitimidade e trajetória política para representar a luta dos jovens no Rio de Janeiro. Não queremos apenas marcar posição, confiamos que podemos ganhar a eleição", diz Monique Lemos, a presidente reeleita.

Fotos do 10° Congresso Estadual da UJS-RJ





segunda-feira, 7 de junho de 2010

Gabriella Mariano em entrevista amanhã na TV Litoral

A presidenta da UJS-Campos Gabrilla Mariano estará amanhã ao vivo a partir das 17h na TV Litoral.
Uma ótima oportunidade para quem ainda não conhece nossa jovem que desde cedo é engajada nas lutas juvenis e também de nossa sociedade.
Gabriella acaba de ser eleita membra da Direção Estadual da UJS-RJ no 10º Congresso que aconteceu neste fim de semana da UFRJ.
Na entrevista Gabi, como é carinhosamente chamada, falará sobre o Congresso da UJS que aconteceu aqui em Campos, onde foi eleita presidenta e sobre o Congresso Estadual onde temas como drogas, aborto, saúde pública, homossexualismo, transporte, educação, eleições 2010 dentre outros, foram debatidos no Congresso Estadual.
Abordará ainda como é o funcionamento dessa entidade tão importante para a juventude e as metas para essa nova gestão que se inicia, uma nova etapa da UJS campista.

Então não percam amanhã a entrevista com Gabriella Mariano ao vivo a partir das 17 na TV Litoral!

sábado, 5 de junho de 2010

Presidenta Gabriela Mariano eleita para Direção Estadual da UJS-RJ


Terminou neste sábado o 10° Congresso Estadual da UJS-RJ.
O evento foi marcado por debates, vídeo-game, esportes (futebol, vôlei) e a presença de grandes figuras do cenário político, apoiadores das lutas da juventude como, Deputado Edmilson Valentim, Ana Rocha, Jandira Feghali, Lindberg Farias, o presidente da UJS nacional Marcelo Gavião e Monique Lemos que foi reeleita presidenta da UJS Estadual.
Os temas dos assuntos debatidos foram relacionados às drogas, aborto, políticas públicas, saúde, transporte, cultura, esportes, eleições 2010, dentre outros.
Mais de 500 jovens estiveram reunidos por 3 dias na UFRJ, na Ilha do Fundão, dando a maior demonstração que uma juventude consciente pode ter perante a nossa sociedade.
A votação que elegeu Gabriela Mariano, presidenta da UJS de Campos para a Direção Estadual UJS-RJ aconteceu hoje, num clima de muita alegria e emoção.
Esta é mais uma vitória da nossa UJS, a UJS de Campos, que marca um novo ciclo, uma nova etapa de grandes vitórias e conquistas.

Parabéns Gabi, parabéns União da Juventude Socialista de Campos!
Rumo à vitória a cada dia!

Em breve postaremos as fotos do evento.