domingo, 20 de março de 2011

Obama é persona non grata no Brasil

Os movimentos sociais brasileiros consideram o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, persona non grata no Brasil e rechaçam a sua presença em nosso país.

O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de ocupar países e agredir povos em nome da “luta ao terrorismo”. Obama tem reiterado que o objetivo fundamental do seu governo no setor externo é reafirmação da hegemonia estadunidense no mundo, inclusive na área militar.

Dizemos que Obama é persona non grata no Brasil porque, como latino-americanos, sabemos que a política dos Estados Unidos para a América Latina não mudou em nada. Não aceitamos a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela, a Nicarágua, a Bolívia e o Equador.

O governo Obama apoiou o golpe militar em Honduras, que retirou do poder o presidente legitimo Manuel Zelaya, e mantém o apoio ao atual governo de fato, que é denunciado por inúmeras violações aos direitos humanos. Como recompensa pelo apoio às forças golpistas, os EUA instalaram duas novas bases militares neste país.

Temos acompanhado a ampliação da presença militar dos EUA na região, tanto as iniciativas dirigidas a instalar novas bases militares na Colômbia, quanto a movimentação de tropas na Costa Rica e no Panamá.

A disputa pelo petróleo está no centro das guerras promovidas pelo imperialismo estadunidense. No caso do Brasil, logo após a descoberta de petróleo nas águas do Atlântico Sul, reativaram a chamada Quarta Frota de sua marinha de guerra e falam ainda em deslocar para estas pacificas águas, os navios de guerra da OTAN. As imensas reservas do pré-sal, estimadas em pelo menos 10 trilhões de dólares, atraem a imensa cobiça dos EUA. Com certeza, o ouro negro brasileiro é uma das maiores motivações da vinda do presidente estadunidense ao nosso país.

Obama também liderou a Organização do Tratado do Atlântico Norte que consagrou um “novo conceito estratégico” a partir do qual se arroga o direito de intervir militarmente em qualquer região do planeta. Os Estados Unidos nunca abriram mão de dominar nossos países e continuam considerando nosso continente como sua área de influência.

Os EUA sob a presidência de Barack Obama falam em Direitos Humanos, mas mantém os cinco heróis cubanos presos injustamente, e reafirmam o apoio à política genocida do Estado sionista israelense contra o povo palestino. Sob Barack Obama, os Estados Unidos mantiveram a presença das tropas de ocupação no Iraque e no Afeganistão, e desde este país bombardeiam o Paquistão. Só nessas guerras já foram mortos dezenas de milhares de civis e inocentes. Sob o seu governo os EUA ameaçam países soberanos como o Irã, a Síria e a Coréia do Norte, e continuam em pleno funcionamento o centro de detenções e torturas de Guantánamo, mantida em território cubano de forma ilegal e contra a vontade deste povo.

Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados Unidos e seus aliados, principalmente os europeus, preparam-se, sob falsos pretextos, para perpetrar novas intervenções militares. Agora, no norte da África, onde, com vistas a assegurar o domínio sobre o petróleo, adotam a opção militar como a estratégia principal. Os Estados Unidos querem arrastar as Nações Unidas para sua aventura, numa jogada em que pretende na verdade instrumentalizar a organização mundial e dar ares de multilateralismo à sua ação militarista e imperial.

No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará visitando o Brasil, acontecerão manifestações em todo o mundo convocadas pela Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Mundial de Dacar, Senegal. O dia de mobilização global foi convocado para afirmar a “defesa da democracia, o apoio e a solidariedade ativa aos povos da Tunísia e do Egito e do mundo árabe que estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da opressão e exploração”. O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí. O mundo não pode tolerar uma nova guerra, agora, na Líbia!

É nesse contexto que convocamos a Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama, espaço onde os movimentos sociais de todo o país construiremos uma grande manifestação de repúdio à presença de Obama no Brasil com destaque para a ação que será organizada no Rio de Janeiro no dia 20 de março.

A Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a vinda do Obama será realizada na próxima quarta-feira (16/03), às 18h, na sede do Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes).

Abaixo o imperialismo estadunidense!



Assinam esta convocatória:

Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso

CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais

Plenária dos Movimentos Sociais - RJ

UNE

MST

CUT

CSP-Conlutas

Intersindical

CTB

CEBRAPAZ

Sindipetro-RJ

sexta-feira, 4 de março de 2011

I Semana de Ciências Sociais da UFF em Campos

Postado por Douglas Azeredo
Diretor de Movimento Estudantil Universitário


I Semana de Ciências Sociais do Pólo Universitário de Campos dos Goytacazes 15, 16 e 17 de março de 2011, início às 18h.


MESA 1 – 15 de março, terça-feira. Licenciatura e Bacharelado no curso de Ciências Sociais: Formação e Mercado de Trabalho. Mediador: Prof. Flávio Sarandy Componentes: Prof. José Luiz Vianna, Prof. Hernán A. Mamani, Prof. George G. Coutinho, Profª. Gabriela Scotto, Profª. Gláucia Mouzinho, Profª Eloiza Neves e Prof. Marco Brandão. Filme: 5x Favela - Agora por nós mesmos ("Fonte de renda") Brasil, 2010


MESA 2 – 16 de março, quarta-feira. Gerações e Gênero enquanto Objetos de Estudo das Ciências Sociais. Mediador: Prof. Augusto César F. de Oliveira. Componentes: Prof. Carlos Eugênio Soares, Profª Geovana Tabachi, Profª. Jussara Freire, Prof. Leonardo S. dos Santos, Leonardo P. Almeida e Profª Andréa B. Osório. Documentários: Acorda Raimundo, acorda (Brasil, 1990) e Dona Maria, muito prazer (Brasil, 2006)


MESA 3 – 17 de março, quinta-feira. 8 Anos de Governo Lula: A Esperança Venceu o Medo? Mediador: Prof. Valdemar Figueredo. Componentes: Prof. Fábio R. Mota, Prof. Cléber Andrade, Profª. Gisele Reis, Prof. Victor Leandro, Profª. Natália Reis e Prof. José Henrique Organista. Trechos selecionados de: I) ABC da greve (Leon Hirszman, 1990) II) Historia do Brasil - Redemocratização (Boris Fausto, 2008) III) Entreatos (Moreira Salles, 2004)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ministério destina 200 milhões para hospitais universitários

Postado por Douglas Azeredo

Diretor de Movimento Estudantil Universitário



Christina Machado
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde disponibilizou recursos no montante de R$ 200 milhões para 45 hospitais universitários, em diversos estados, para o exercício deste ano. A medida faz parte do programa nacional de reestruturação e revitalização dos hospitais universitários federais integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria foi publicada hoje (25) no Diário Oficial da União.

O valor, que será incorporado ao teto financeiro anual dos estados, municípios e do Distrito Federal, será repassado a partir de março pelo Fundo Nacional de Saúde. Os recursos serão transferidos em três parcelas, até maio.

Os hospitais funcionam como centros de formação de especialistas e de qualificação. De acordo com o Ministério da Saúde, os hospitais universitários são importantes para o atendimento de média e alta complexidade (consultas, exames, cirurgias e tratamentos mais complexos).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aviso - MENF Apresenta:


Movimento das Palavras
Lançamento da segunda edição do livreto de poesias do MENF

Lançamento da segunda edição do livreto Movimento das Palavras contará com uma série de atividades culturais que será iniciada no dia 24 de Fevereiro com apresentação da peça Domesticados, apresentação musical, sarau de poesia e pintura ao vivo.

Local: Esquina MPBar
Inicio: as 21h

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mulheres são maioria entre jovens fora da escola e do mercado de trabalho

Postado por Gabriella Mariano
Presidente da UJS-Campos


Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Parte da população de 18 a 24 anos do país faz parte de um grupo que nem estuda nem trabalha. São cerca de 3,4 milhões de jovens que representam 15% dessa faixa etária. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostra que as mulheres são mais afetadas por esse problema, muitas vezes em função da maternidade e do casamento.

Do total de jovens fora da escola e do mercado de trabalho, 1,2 milhão concluiu o ensino médio, mas não seguiu para o ensino superior e não está empregado. A proporção de jovens nessa situação aumentou de 2001 a 2008, segundo o Inep, e quase 75% são mulheres. Uma em cada quatro jovens nessa situação tinha filhos e quase metade delas (43,5%) era casada em 2008.

Para Roberto Gonzales, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo reflete que a desigualdade de gênero ainda persiste não apenas na diferença salarial, mas no próprio acesso ao mercado de trabalho. “Isso tem muito a ver com a divisão do trabalho familiar, seja doméstico ou de cuidados com o filho. É uma distribuição muito desigual e atinge em especial as mulheres, por isso você tem tantas meninas fora do mercado e da escola”, diz.

Entre as mulheres de 18 a 24 anos que estão na escola e/ou no mercado de trabalho, o percentual daquelas que têm filhos é cinco vezes menor. Segundo o estudo, os dados comprovam que “existe forte correlação entre casamento/ maternidade e a saída, mesmo temporária, da escola e do mercado de trabalho observada para as mulheres”.

Uma vez que o processo de escolarização foi quebrado, o retorno aos estudos é bem mais difícil. Para Gonzales, esse afastamento do jovem do mercado de trabalho ou dos estudos pode não ser apenas uma situação “temporária”, como sugere o estudo. Um dos fatos que corroboram essa teoria é a queda da matrícula entre 2009 e 2010 nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), segundo dados do último censo escolar.

“A baixa escolaridade não é uma barreira absoluta ao mercado de trabalho, mas é um problema porque há a possibilidade de criar-se um círculo vicioso. A mulher não terá acesso a bons empregos que dariam experiência profissional e poderiam melhorar sua inserção no futuro”, alerta.

Gonzales afirma ainda que as políticas públicas precisam ser mais flexíveis e acompanhar os “novos arranjos” da sociedade para garantir mais apoio a esse grupo de jovens mães. “As pessoas costumam ter uma ideia mais tradicional de educação em que os pais provêm o sustento para que o filho termine a escolaridade, depois ele segue para o ensino superior e entra no mercado de trabalho. E, na realidade, esses eventos não acontecem necessariamente nessa ordem. Assim como temos muitos jovens casais, também temos famílias monoparentais chefiadas por mulheres com filho e isso, muitas vezes, abre espaço para outras trajetórias de vida”, explica.

Uma das estratégias básicas para garantir que a jovem consiga prosseguir com seus estudos ou ingressar no mercado é a ampliação da oferta em creche. Atualmente, menos de 20% das crianças até 3 anos têm acesso a esse serviço no país. “Essa é uma das principais barreiras alegadas pelas mulheres inativas”, indica Gonzalez.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

UJS-RJ lança nota de solidariedade às vítimas das chuvas

A UJS do Rio de Janeiro lançou uma nota de solidariedade ao povo da região serrana do Rio de Janeiro em face das chuvas que provocaram mais de 500 mortes e deixou milhares desabrigados.

Na nota, a UJS-RJ relembra que tragédias como essa se repetem a cada ano em diferentes lugares, “todos pelo mesmo motivo: a ocupação urbana desordenada causada pelo desenvolvimento desigual do capitalismo”. Veja abaixo a íntegra da nota.

Nota de solidariedade ao povo da região serrana do Rio de Janeiro

A União da Juventude Socialista se solidariza com o povo da região serrana do estado do Rio de Janeiro. Este é um momento de muita tristeza e merece toda a atenção da sociedade brasileira.

Infelizmente, a tragédia que acaba de acontecer no Rio de Janeiro não é fato isolado no plantel das grandes catástrofes de nosso país. Para citar apenas os últimos grandes casos, em 2008 a tragédia foi em Santa Catarina, em 2010 em Angra dos Reis, em 2011 na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Sem falar nas enchentes que acontecem todos os anos em São Paulo. Todos pelo mesmo motivo: a ocupação urbana desordenada causada pelo desenvolvimento desigual do capitalismo.

Em síntese: (1) o desenvolvimento econômico traz indústrias para certas localidades até então despreparadas; (2) a indústria cria grande demanda de mão de obra; (3) nem o município, tampouco a indústria se preocupam com a criação de moradia digna para esses trabalhadores; (4) os trabalhadores mais pauperizados são obrigados a construir moradias em locais de alto risco; (5) o desastre é a iminente conseqüência.

O desenvolvimento econômico de cada município não pode estar desconectado de seu desenvolvimento social. Algumas autoridades, como o ex-governador José Serra, costumam vir a público dizer que a culpa seria da natureza. Uma desculpa parecida com a do economista que na década de 80 disse que o plano cruzado deu errado por causa de uma variável que ninguém pensou: a política. Do mesmo modo que temos que conviver com a política (não podemos descartar essa variável) temos que conviver em harmonia com a natureza. E estarmos preparados para ela. Tanto o Japão quanto Cuba, por exemplo, são vítimas de terremotos e furacões sem que haja a mesma quantidade de vítimas que há no Brasil.

Ao capitalismo cabe criar condições desiguais e tragédias como essa. Aos socialistas cabe lutar para que o Estado não permita que tragédias como essa se repitam.