sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

UJS-RJ lança nota de solidariedade às vítimas das chuvas

A UJS do Rio de Janeiro lançou uma nota de solidariedade ao povo da região serrana do Rio de Janeiro em face das chuvas que provocaram mais de 500 mortes e deixou milhares desabrigados.

Na nota, a UJS-RJ relembra que tragédias como essa se repetem a cada ano em diferentes lugares, “todos pelo mesmo motivo: a ocupação urbana desordenada causada pelo desenvolvimento desigual do capitalismo”. Veja abaixo a íntegra da nota.

Nota de solidariedade ao povo da região serrana do Rio de Janeiro

A União da Juventude Socialista se solidariza com o povo da região serrana do estado do Rio de Janeiro. Este é um momento de muita tristeza e merece toda a atenção da sociedade brasileira.

Infelizmente, a tragédia que acaba de acontecer no Rio de Janeiro não é fato isolado no plantel das grandes catástrofes de nosso país. Para citar apenas os últimos grandes casos, em 2008 a tragédia foi em Santa Catarina, em 2010 em Angra dos Reis, em 2011 na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Sem falar nas enchentes que acontecem todos os anos em São Paulo. Todos pelo mesmo motivo: a ocupação urbana desordenada causada pelo desenvolvimento desigual do capitalismo.

Em síntese: (1) o desenvolvimento econômico traz indústrias para certas localidades até então despreparadas; (2) a indústria cria grande demanda de mão de obra; (3) nem o município, tampouco a indústria se preocupam com a criação de moradia digna para esses trabalhadores; (4) os trabalhadores mais pauperizados são obrigados a construir moradias em locais de alto risco; (5) o desastre é a iminente conseqüência.

O desenvolvimento econômico de cada município não pode estar desconectado de seu desenvolvimento social. Algumas autoridades, como o ex-governador José Serra, costumam vir a público dizer que a culpa seria da natureza. Uma desculpa parecida com a do economista que na década de 80 disse que o plano cruzado deu errado por causa de uma variável que ninguém pensou: a política. Do mesmo modo que temos que conviver com a política (não podemos descartar essa variável) temos que conviver em harmonia com a natureza. E estarmos preparados para ela. Tanto o Japão quanto Cuba, por exemplo, são vítimas de terremotos e furacões sem que haja a mesma quantidade de vítimas que há no Brasil.

Ao capitalismo cabe criar condições desiguais e tragédias como essa. Aos socialistas cabe lutar para que o Estado não permita que tragédias como essa se repitam.

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